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Com informações do Portal RD News

Domingas, a matriarca do Siriri, ganha documentário

As câmeras finalmente chegaram ao quintal onde o Siriri renasceu. A trajetória de Domingas Eleonor da Silva, a guardiã do Flor Ribeirinha, começou a ser registrada no documentário “Flor Ribeirinha: Do Início ao Patrimônio Imaterial de Cuiabá”, com gravações iniciadas em 13 de novembro de 2025 em São Gonçalo Beira Rio. Ali, na casa simples que virou escola, se misturam memórias, rezas, tambores e uma herança ancestral que moldou gerações.

Conduzido por André D’Lucca e roteirizado por Mirella Duarte, o filme reúne nomes experientes como Marcos Maia (fotografia), Yuri Kopcak (som direto) e Ariana Carla (coordenação). A produção é assinada pela BemTivi Academia de Arte, Dourado Produções e WN Produções Artísticas, com realização da ADECELMT.

Durante três dias, a equipe percorreu cenários marcantes: o quintal onde tudo começou, as margens do Rio Cuiabá, a casa do artista Adriano Figueiredo e os relatos emocionados de moradores e artistas. O documentário também registra a visão de Avinner Silva, diretor artístico e neto de Domingas, sobre a evolução e internacionalização do grupo.

Vovó Domingas: quem ela é

Figura essencial da cultura mato-grossense, Domingas Eleonor — benzedeira, produtora cultural e guardiã do Cururu e do Siriri — transformou sua casa em um centro de resistência e formação artística. Seu trabalho virou referência, rendeu o título de Doutora Honoris Causa pela UFMT e colocou São Gonçalo Beira Rio nos mapas culturais do Brasil e do mundo. Sua presença, doce e firme, inspira todas as idades e se tornou símbolo da identidade cuiabana.

O que o filme vai mostrar

Com cerca de 30 minutos, o documentário apresentará:
– A origem do Flor Ribeirinha no berço ribeirinho;
– Bastidores inéditos de ensaios e oficinas;
– A construção coletiva que levou o grupo ao título de Patrimônio Cultural Imaterial de Cuiabá;
– A poderosa cadeia criativa que gera impacto social, econômico e cultural;
– A transição de saberes entre cinco gerações da família Silva.

A produção é viabilizada por emenda parlamentar do deputado estadual Alberto Machado (Beto Dois a Um), com apoio da Secel-MT e realização da ADECELMT. O lançamento está previsto para 2026, com distribuição gratuita em plataformas digitais.

Mais que um registro histórico, a obra promete ser um instrumento de educação cultural e fortalecimento das tradições. Em cada depoimento, Domingas surge como ponte entre o passado e o futuro — a mulher que transformou um quintal em movimento mundial.