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Assessoria de Imprensa
Pupy: Uma elefanta africana a caminho de um novo lar no Brasil
O Santuário de Elefantes do Brasil (SEB) se prepara para receber uma nova moradora: Pupy, a primeira elefanta africana a residir no local. Aos 36 anos, Pupy será transferida do Ecoparque de Buenos Aires para o SEB, onde terá a chance de viver em um ambiente espaçoso e natural, com a companhia de outros elefantes.
A história de Pupy é marcada por desafios. Nascida no Parque Nacional Kruger, na África do Sul, ela foi levada para o zoológico de Buenos Aires, onde viveu por 30 anos ao lado da elefanta Kuky, que faleceu em outubro de 2024. Agora, no SEB, Pupy terá a oportunidade de redescobrir o que significa ser um elefante em um habitat natural.
A chegada de Pupy ao SEB representa um marco importante na luta pelo bem-estar animal na América Latina e marca o início do fim do cativeiro de elefantes na Argentina. A transferência de Pupy faz parte de um processo de transformação do Zoológico de Buenos Aires em um centro de conservação de vida selvagem nativa. Desde 2016, o zoológico tem se dedicado a realocar seus animais para santuários e reservas, priorizando o bem-estar animal e a conservação de espécies nativas. Mais de 1.000 animais, incluindo chimpanzés, orangotangos, ursos e grandes felinos, foram transferidos para locais onde podem viver em ambientes mais adequados às suas necessidades. Pupy será o 1.009º a concluir esta jornada.
A equipe do SEB está trabalhando para que Pupy tenha uma adaptação tranquila ao seu novo lar. A elefanta africana será a primeira residente do habitat para fêmeas africanas do SEB, que conta com uma área de 51.000 metros quadrados, cerca de 5he, dividido em 5 áreas. Além de Pupy, o santuário conta também com a presença de outras cinco fêmeas asiáticas, Mara, Rana, Maia, Bambi e Guillermina, que vivem em um habitat separado. A transferência de Pupy segue a de Mara, uma elefanta asiática, que também residia no Ecoparque de Buenos Aires, transferida para o SEB em maio de 2020. Assim como Mara, Pupy desfrutará de uma vida livre e natural, sob os cuidados de especialistas. Co-fundadora e Diretora de Bem-Estar do Santuário, Kat Blais, comemora a chegada de Pupy e destaca a capacidade de adaptação dos elefantes a ambientes naturais: "Estamos animados para vê-la redescobrir o que significa ser um elefante novamente".
A transferência de Pupy para o SEB é resultado de anos de planejamento e colaboração entre diversas organizações, incluindo o Global Sanctuary for Elephants (GSE) e o Elephant Voices. Este caso simboliza uma mudança global em direção ao fim da exibição de animais em cativeiro e à transformação de zoológicos em centros de conservação.
A Argentina se torna um exemplo para outros países ao abolir o cativeiro de elefantes. A mudança de Pupy é um passo importante nesta jornada e envia uma mensagem clara: o cativeiro de animais para entretenimento deve ser uma prática do passado.