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Da Redação / Com Assessoria
Grupo de rap de VG lança videoclipe com alerta sobre violência doméstica
O feminicídio ainda é uma das formas mais cruéis de violência no Brasil. Pior: quase sempre acontece dentro de casa, cometido por alguém íntimo.
Foi esse cenário que inspirou o grupo de rap Conduta do Gueto, de Várzea Grande (MT), a criar o videoclipe “Lar Feminicida”. O lançamento acontece no dia 7 de junho, às 19h, na Praça João Barbosa, no bairro Mapim.
Mais do que exibir a produção, o evento também contará com palestras e rodas de conversa com coletivos de mulheres, reforçando o compromisso do grupo com a conscientização e a transformação social.
A ideia da música surgiu da vivência pessoal de Odílio da Costa, o Xito, compositor e intérprete do grupo.
Ele transformou a dor em ação. Com base em sua própria história familiar e após muitas pesquisas, escreveu a música Do Lar, que deu origem ao curta-metragem.
Para aprofundar o conteúdo, contou com a mentoria de mulheres do Coletivo Mulheres do Hip Hop de Mato Grosso. Entre elas, Luana Tenreiro, Lígia Viana, Karla Vecchia, Franciely Almeida e sua irmã, Laura.
Gravado no bairro Mapim, o mesmo onde vivem os integrantes do grupo, o videoclipe retrata a realidade de muitas mulheres da periferia.
Com cenas duras e realistas, o clipe não suaviza o problema. Pelo contrário: traz à tona as múltiplas faces da violência doméstica.
A produção foi viabilizada pelo edital da Lei Paulo Gustavo (MINC), na categoria Audiovisual, garantindo os recursos necessários para que a mensagem chegasse com força.
No elenco, está a atriz Danielle Souziel, mulher negra que interpreta a protagonista Mulher do Lar. A escolha tem peso simbólico: mulheres negras são as maiores vítimas de feminicídio no Brasil.
Já o ator Ismael Diniz dá vida ao agressor. E Maria Aparecida, a Dona Cida, moradora do bairro, retorna em participação especial. Ela esteve no primeiro clipe do grupo, feito sem recursos, e agora é homenageada por sua contribuição histórica.
Serviço
Lançamento do videoclipe “Lar Feminicida”
07 de junho (sexta-feira)
19h
Praça João Barbosa – Bairro Mapim, Várzea Grande (MT)
Com participação de coletivos feministas e roda de conversa